Conheça soluções de tratamento e valorização de resíduos

Soluções de tratamento e valorização de resíduos

O lixo não é todo igual e a sua maioria tem um grande valor material pela sua possibilidade de reciclagem, pelo que é fundamental olhar para os resíduos enquanto matéria-prima. Durante décadas os resíduos foram descartados como algo sem qualquer valor, desperdiçando uma grande quantidade de matérias-primas, entre elas matérias-primas críticas. Mas os desafios da despoluição e descarbonização pedem-nos uma mudança de rumo, e já!

Temos de descarbonizar já, porquê?

A humanidade está a tratar o nosso planeta como se fosse um aterro sanitário. Todos os anos, produzimos mais de 2 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos… É tempo de limpar o nosso mundo, e de progredir em direção a economias circulares, de resíduos zero – tanto pelas pessoas como pelo planeta.

António Guterres, secretário-geral da ONU, por ocasião do primeiro Dia Internacional de Lixo Zero, a 30 de março de 2023, reforçando a importância de todas as partes contribuírem para uma sociedade sustentada numa economia circular e com objetivo de resíduos zero.

António Guterres, secretário-geral da ONU

Sabia que?

Em 2023 esgotámos os recursos naturais do Planeta Terra a 2 de agosto e se continuarmos a explorá-los da mesma forma, em 2050 precisaremos do equivalente a três planetas Terra para satisfazer as nossas necessidades.

Em linha com o objetivo de neutralidade climática até 2050, a União Europeia (UE) criou um plano de ação com objetivo de alcançar uma economia sustentável, isenta de elementos tóxicos e totalmente circular. Este modelo de produção e de consumo envolve a partilha, a reutilização, a reparação, a renovação e a reciclagem de materiais e produtos existentes, sempre e enquanto for possível, de forma a aumentar o ciclo de vida dos produtos.

A economia circular permite reduzir as emissões de CO2 e a dependência de matérias-primas, estimular o crescimento económico e criar mais oportunidades de emprego.

Tenho de descarbonizar já as minhas atividades?

Seja por razões de regulação, seja por razões económicas e de mercado, a forma como as empresas vão mitigar e adaptar-se às alterações climáticas será cada vez mais premente. Traçar uma trajetória robusta com a transição para uma economia sustentável, incluindo no que se refere ao aumento máximo da temperatura em 1,5ºC, será pois imprescindível.

A aprovação pela Comissão Europeia em julho de 2023 do primeiro conjunto de normas europeias de relato de sustentabilidade (European Sustainability Reporting Standards ou ESRS) é exemplo disso mesmo. As normas de reporte terão em conta tópicos ambientais, sociais e de governance (ESG) e entre os ambientais constam precisamente (i) mitigação das alterações climáticas; (ii) adaptação às alterações climáticas; (iii) recursos hídricos e marinhos; (iv) economia circular e utilização de recursos; (v) poluição do ar, da água e do solo; (vi) biodiversidade e ecossistemas.

Mesmo que estas disposições legais não se apliquem à sua empresa, é muito provável que os mercados onde se move o exijam, além da própria pressão dos consumidores. Além disso, através do ecodesign, da correta separação na origem e do aumento da taxa de reciclagem poderá reduzir custos de operação e manutenção e também valorizar recursos até hoje subaproveitados.

Pode parecer só mais um novo acrónimo da densa “sopa de letras” que resulta do European Green Deal, mas é bem mais do que isso e é bom que nos preparemos para as múltiplas decorrências da aprovação dos ESRS – a partir de 2024, e ainda que de forma faseada, as demonstrações de sustentabilidade passarão a ter a mesma relevância que as demonstrações financeiras.

Margarida Couto, Presidente do Grace

Margarida Couto, Presidente do GRACE

 

A Veolia pode ajudar na descarbonização?

Presente em todo o ciclo de vida dos resíduos, da recolha ao tratamento final, fazendo da valorização uma prioridade, a nossa rede mundial de especialistas em água, energia, resíduos e economia circular dos recursos dispõe de grande conhecimento técnico e uma compreensão profunda dos desafios, pelo que poderá contar com a equipa Veolia na implementação de soluções à medida, nomeadamente para:

  • Gestão global de resíduos on site
  • Recolha, transporte e acondicionamento de resíduos
  • Resíduos industriais perigosos e não perigosos, sólidos e líquidos
  • CDR - Combustíveis derivados de resíduos
  • RCD - Resíduos de construção e demolição
  • REEE - Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos
  • VFV - Veículos em fim de vida
  • Destruições e abates fiscais
  • Ações de sensibilização e educação ambiental


A nossa abordagem assenta em 4 etapas:

1

Diagnóstico para avaliar as suas necessidades e identificar oportunidades de melhoria

2

Estratégia com prioridade e metas

3

Implementação das soluções mais relevantes para atingir os seus objetivos

4

Operação com vista a otimizar no médio e longo prazo a trajetória de economia circular das suas atividades

Como posso otimizar a gestão de resíduos?

A correta gestão de resíduos é um grande desafio que requer o compromisso de todas as partes envolvidas, desde o produtor, a qualquer interveniente no seu descarte, até ao operador de recolha. 
A mistura de diversas tipologias de resíduos compromete a sua possibilidade de reciclagem, nomeadamente devido à sua contaminação, pelo que a correta separação desde o início é fundamental para o sucesso da sua gestão. É importante conhecer bem a caracterização dos seus resíduos, a sua origem, as condições para a sua correta separação e acondicionamento, de forma a identificar oportunidades de otimização da gestão de resíduos, bem como as boas práticas a adotar.

Desde aconselhamento à formação para a implementação de sistemas de separação na origem, garantimos trabalhar sempre junto com o cliente para dar respostas aos seus desafios na gestão de resíduos, incluindo a utilização de meios digitais desenvolvidos para a otimização da sua performance operacional.

Que formas existem para aumentar a taxa de reciclagem?

A vasta experiência da Veolia na gestão de resíduos comerciais e industriais permite apoiar cada cliente na definição da melhor solução para o aumento de taxas de reciclagem.
Efetuamos um levantamento exaustivo dos resíduos produzidos e um reconhecimento do espaço físico para o acondicionamento dos mesmos, de forma a identificar os desafios existentes em cada caso e quais as medidas possíveis de adotar com potencial aumento de eficiência da separação na origem.
A resposta pode assumir diversas formas que passam desde a criação de infraestruturas, otimização de equipamentos de recolha, criação de sinalética mais intuitiva, ações de formação, entre outras... sendo que na sua maioria das vezes é a junção de várias soluções.

No Vila do Conde Porto Fashion Outlet, a Veolia implementou uma solução com vista a uma alteração do paradigma de gestão de resíduos no centro comercial, assente em três pilares, que resultou num aumento de 25% da taxa de reciclagem.

Existem soluções de circularidade para todos os resíduos?

Na grande maioria das situações, a reciclagem dos resíduos só não é viável por falta de uma correta separação na origem, resultando por exemplo na sua contaminação. Como já referido, existem diversas soluções para obter uma maior eficiência desta mesma separação, sendo para isso fundamental um levantamento e análise específica de cada caso.

Contudo, mesmo os resíduos para os quais neste momento ainda não existe uma solução de reciclagem, para uma considerável parte deles é possível obter uma valorização energética, evitando assim o envio para aterro, e permitindo substituir fontes de combustíveis fósseis, por uma energia mais limpa.

A Veolia desenhou uma solução à medida para a Danone em França, com a criação de um local de desembalagem de produtos não conformes, de forma a recuperar o resíduo orgânico e a embalagem de poliestireno para posterior valorização.

Sabia que economia circular também pode contribuir para a transição energética e descarbonização?

Já falámos que um dos benefícios da economia circular é a redução das emissões de gases com efeito de estufa, esse contributo é dado também pela produção de energia a partir de resíduos. Os resíduos orgânicos são um exemplo com potencial aproveitamento, nomeadamente na produção de biometano através da purificação de biogás emitido por estes, mas também para a produção de biometanol, hidrogénio ou combustível de aviação sustentável.
Existem outros casos em que os resíduos não são passíveis de ser reciclados, no entanto, devido ao seu poder calorífico, podem ser valorizados, seja em larga escala numa central de valorização energética (como é o caso da LIPOR, onde a Veolia é parceira há mais de 20 anos), seja para produção de Combustível Derivado de Resíduos (CDR).

A parceria da Solvay e da Veolia é um exemplo de um projeto industrial de transição energética - "Dombasle Énergie” - de substituição de um combustível fóssil, o carvão, por uma unidade de cogeração de CDR, capaz de reduzir em 50% as emissões de CO2 e continuando a garantir competitividade da histórica fábrica da Solvay em Dombasle-sur-Meurthe.

As fontes de energia a partir dos resíduos não se esgotam aqui e até a partir da recuperação e tratamento do biogás de aterro se produz biometano, um gás 100% renovável.

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