Conheça formas de produzir energia descarbonizantes

De onde vem a energia para dar à luz?

De onde vem a energia para dar à luz? Luz, mas também vapor, calor, frio e ar comprimido, são várias as formas de energia indispensáveis a muitas atividades industriais e grandes edifícios, como é o caso dos hospitais. Durante décadas o carvão, o petróleo e o gás natural foram as origens destas energias predominantes. Mas os desafios da descarbonização pedem-nos uma mudança de rumo, e já!

Temos de descarbonizar já, porquê?

A ciência diz-nos que é impossível limitar o aquecimento global a 1,5 graus sem eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis dentro de um prazo compatível com este limite.

António Guterres, secretário-geral da ONU, por ocasião do acordo histórico alcançado por representantes de mais de 200 países na COP28, em dezembro de 2023, para o objetivo de atingir a neutralidade de carbono em 2050 através de uma aceleração na transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos.

António Guterres, secretário-geral da ONU

Sabia que?

A década de 2011 a 2020 foi a mais quente alguma vez registada, tendo a temperatura média mundial atingido, em 2019, 1,1°C acima dos níveis pré-industriais. O aquecimento do planeta induzido pelo homem aumenta atualmente à taxa de 0,2°C por década.
Um aquecimento acima dos 2°C em relação às temperaturas da época pré-industrial tem um impacto negativo considerável no ambiente natural e na saúde e bem-estar humanos, incluindo um risco muito mais elevado de ocorrerem alterações ambientais perigosas – e, eventualmente, catastróficas – a nível mundial.
Por este motivo, a comunidade internacional reconheceu a necessidade de manter o aquecimento global abaixo dos 2°C e de prosseguir os esforços para o limitar a 1,5°C.

Tenho de descarbonizar já as minhas atividades?

Seja por razões de regulação, seja por razões económicas e de mercado, a forma como as empresas vão mitigar e adaptar-se às alterações climáticas será cada vez mais premente. Traçar uma trajetória robusta com a transição para uma economia sustentável, incluindo no que se refere ao aumento máximo da temperatura em 1,5ºC, será pois imprescindível.

A aprovação pela Comissão Europeia em julho de 2023 do primeiro conjunto de normas europeias de relato de sustentabilidade (European Sustainability Reporting Standards ou ESRS) é exemplo disso mesmo. As normas de reporte terão em conta tópicos ambientais, sociais e de governance (ESG) e entre os ambientais constam precisamente (i) mitigação das alterações climáticas; (ii) adaptação às alterações climáticas; (iii) recursos hídricos e marinhos; (iv) economia circular e utilização de recursos; (v) poluição do ar, da água e do solo; (vi) biodiversidade e ecossistemas.

Mesmo que estas disposições legais não se apliquem à sua empresa, é muito provável que os mercados onde se move o exijam, além da própria pressão dos consumidores. Além disso, através da eficiência energética, produção local de energia e economia circular de subprodutos poderá reduzir custos de operação e manutenção e também valorizar recursos até hoje subaproveitados.

Pode parecer só mais um novo acrónimo da densa “sopa de letras” que resulta do European Green Deal, mas é bem mais do que isso e é bom que nos preparemos para as múltiplas decorrências da aprovação dos ESRS – a partir de 2024, e ainda que de forma faseada, as demonstrações de sustentabilidade passarão a ter a mesma relevância que as demonstrações financeiras.

Margarida Couto, Presidente do Grace

Margarida Couto, Presidente do GRACE

 

A Veolia pode ajudar na descarbonização?

A jornada de descarbonização é bastante complexa, mas a nossa rede mundial de especialistas em água, energia, resíduos e economia circular dos recursos dispõe de grande conhecimento técnico e uma compreensão profunda dos desafios, pelo que poderá contar com a equipa Veolia na implementação de soluções à medida, nomeadamente para:

  • Melhorar a eficiência energética dos seus ativos
  • Identificar oportunidades para produzir energia on site
  • Otimizar a circularidade dos subprodutos gerados na sua atividade (águas residuais, resíduos, etc.)


A nossa abordagem assenta em 4 etapas:

1

Diagnóstico para avaliar as suas necessidades e identificar oportunidades de melhoria

2

Estratégia com prioridades e metas definidas

3

Implementação das soluções mais relevantes para atingir os seus objetivos

4

Operação com vista a otimizar no médio e longo prazo a trajetória de descarbonização das suas atividades

Como posso melhorar a eficiência energética?

É pela eficiência energética que a descarbonização deve começar. E porquê? Porque esta fase permite conhecer a fundo os sistemas e as atividades da empresa, de forma a identificar oportunidades de otimização de consumos das várias formas de energia e boas práticas de melhoria operacional. Conhecer para melhorar é o lema desta fase e vai revelar-se crucial em todo o processo que se segue, uma vez que também aqui vão ficar desde logo identificados eventuais subprodutos que possam ser usados para a fase seguinte de produção on site de energias renováveis.

Melhorar a eficiência energética da indústria alimentar

Sabia que pode estar a desaproveitar o calor residual das suas atividades?

Os processos industriais geram um excedente de calor que normalmente é desperdiçado. Para capturar e recuperar esta energia, podemos usar várias tecnologias como é o caso das bombas de calor. Estes equipamentos absorvem a energia que é atualmente desaproveitada e, usando eletricidade, aumentam a energia térmica, que será depois aproveitada em processos industriais, ou aquecimento de edifícios.

Também a digitalização permite otimizar a gestão da eficiência energética nos serviços prestados às indústrias. Sensores fornecem um reporte contínuo das configurações e usos da energia. A gestão desses dados ajuda na implementação da flexibilidade elétrica e no equilíbrio dos fluxos de energia em fábricas e parques industriais.

Que formas existem de produzir energia on site?

A já longa experiência da Veolia na regeneração de recursos pode ajudar as indústrias na transição para fontes de energia renováveis.
Sempre que possível substituímos os combustíveis fósseis por combustíveis de baixo carbono ou descarbonizados. Subprodutos orgânicos são transformados em biogás ou usados como biomassa, tornando-se em novas fontes locais de energia renovável.
Por exemplo, quando uma indústria alimentar produz biometano a partir dos seus resíduos orgânicos para produzir energia para autoconsumo, ou quando utilizamos biomassa de resíduos da agricultura para aquecer as instalações de uma fábrica de automóveis, ou ainda numa cimenteira ou indústria química quando substituímos combustíveis fósseis por um combustível derivado de resíduos com elevado poder calorífico.
A energia térmica também pode ser recuperada de origens on site ou de proximidade, como as águas residuais e os data centers, além de origens geotérmicas.

E que impacto pode ter a circularidade na descarbonização?

De uma delas já falámos, subprodutos que podem ser valorizados energeticamente: lamas de águas residuais, resíduos orgânicos, calor residual, biomassa, entre muitos outros.
Mas, descarbonizar também significa promover a circularidade em toda a cadeia de valor, reciclando resíduos de embalagens em novas matérias-primas, e recuperando resíduos orgânicos como composto ou fertilizante agrícola.

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